Este mal enraíza-se na ideia de que somos pobres. Mas o erro está em assumir a simplicidade e a pureza originais como carências. Um dia qualquer, sem porquê, caem as máscaras que nos conservam à superfície do que ditamos ao mundo... e caímos no fundo do aquém disfarce. Nós.
Por breves momentos sofreremos uma espécie de deslumbramento, habituados que estávamos à meia-luz. Mas rapidamente descobrimos que ainda há tempo para sermos felizes.
A humildade é a forma de a autenticidade celebrar a verdade.
A verdade apanha-nos. Será só uma questão de tempo até que se descubra que afinal este mapa-múndi pelo qual temos orientado a vida foi inventado e pintado por cima do verdadeiro... Felizmente, na maior parte dos casos, a tinta que utilizámos é de qualidade equivalente ao real benefício da produção... E percebemos então que ser feliz não é algo que se encontre no final de um qualquer caminho, mas uma forma simples de caminhar. Uma forma simples de ser. Sendo - simplesmente...
José Luís Nunes Martins in www.ionline.pt