A queda da Bastilha e os Direitos Humanos


A tomada da Bastilha, a 14 de Julho de 1789, marca o início do movimento revolucionário pelo qual a burguesia francesa, consciente do importante papel que representava nos mais diversos sectores da vida do seu país, particularmente do ascendente económico que tinha sobre as classes até então dominantes, com o suporte das "massas populares", apeou a aristocracia do poder e derrubou a monarquia absolutista. Era o fim da autoridade discricionária do rei, da servidão humilhante e dos direitos feudais anacrónicos.
O 14 de Julho que hoje se celebra, continua a ser uma data histórica não apenas para França mas para toda a Humanidade, em particular para todos aqueles que defendem os principais valores que são referência de conduta de todo o indivíduo em sociedade, no fundo aqueles que inspiraram a «Declaração Universal dos Direitos do Homem» adoptada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
A Tomada da Bastilha, ocorrida há precisamente 221 anos, fez com que se começasse a formar uma nova mentalidade que veio marcar de forma simbólica o início de novas aspirações, de entre as quais será justo destacar a declaração dos direitos humanos, instrumento fundamental para que, pelo menos in nomine, se pudesse garantir o direito à dignidade da espécie humana, independentemente do seu estatuto social.