O nosso programa de filosofia passa ao lado do trabalho e do debate entre especialistas em ética no domínio prático que, ao longo de todo o século XX e mesmo já neste século, vão contribuindo para a reflexão e orientação nas acções e decisões diárias.
O item "Temas/problemas do mundo contemporâneo" não aponta para qualquer problema de "ética prática". Quanto aos temas do programa, apenas o 3º e 5º se aproximam timidamente destas áreas, o que é manifestamente pouco. O programa exprime pois uma abordagem pobre e limitada da ética prática o que, face aos objectivos gerais, é claramente contraditório.
É possível, como vários professores dizem, tornear esta questão dando o maior relevo à palavra "outros", que aparece no fim da lista dos temas do 5º ponto, podendo cada professor, a "seu jeito", tratar este item do programa. A solução tem algum relevo mas também envolve riscos quando pensamos na gestão do programa em termos de "ciclo": no próximo ano lectivo, provavelmente, teremos um exame feito a partir de um conjunto de matérias mais ou menos estabelecidas e desconhecemos a "abertura" maior ou menor a este tipo de abordagem. Creio no entanto que, acima de qualquer outra indicação estão os objectivos propostos pelo ministério, numa espécie de "perfil de aluno" à saída do secundário.
Assim, vamos abordar desde já algumas dessas questões (desafios éticos - a fome, a ecologia, a questão da igualdade, problemas de ciência médica entre outros).
O item "Temas/problemas do mundo contemporâneo" não aponta para qualquer problema de "ética prática". Quanto aos temas do programa, apenas o 3º e 5º se aproximam timidamente destas áreas, o que é manifestamente pouco. O programa exprime pois uma abordagem pobre e limitada da ética prática o que, face aos objectivos gerais, é claramente contraditório.
É possível, como vários professores dizem, tornear esta questão dando o maior relevo à palavra "outros", que aparece no fim da lista dos temas do 5º ponto, podendo cada professor, a "seu jeito", tratar este item do programa. A solução tem algum relevo mas também envolve riscos quando pensamos na gestão do programa em termos de "ciclo": no próximo ano lectivo, provavelmente, teremos um exame feito a partir de um conjunto de matérias mais ou menos estabelecidas e desconhecemos a "abertura" maior ou menor a este tipo de abordagem. Creio no entanto que, acima de qualquer outra indicação estão os objectivos propostos pelo ministério, numa espécie de "perfil de aluno" à saída do secundário.
Assim, vamos abordar desde já algumas dessas questões (desafios éticos - a fome, a ecologia, a questão da igualdade, problemas de ciência médica entre outros).
F. Lopes