O marketing e a ética

Problemas a pensar...
"O marketing das causas sociais está muito em voga nos últimos anos. Cada vez mais os consumidores apoiam as empresas que se identificam com uma determinada causa social e, nos EUA, já há uma organização que serve de fórum para os gestores e empresários que utilizam esta nova forma de marketing e que os aconselha nas medidas a tomar com vista ao sucesso.
Apesar de todo este crescimento, o marketing das causas sociais continua a deparar-se com críticas de todos os sectores da sociedade e com questões ainda não resolvidas. Pode-se perguntar se é justo utilizar uma causa social para promover os produtos de uma certa empresa? Quais são os limites de "exploração" dessa causa? Será que é compatível com a própria empresa e com os produtos por ela distribuídos? Estas e mais questões são ainda hoje muito discutidas e tem-se quase a certeza que é impossível virem a ter uma resposta concreta pois é possível argumentar muito em torno de uma questão tão abstracta como é a ética empresarial. Certos críticos defendem que o tema é demasiado desligado da realidade empresarial (o que eu não concordo visto algumas das causas serem mesmo provocadas pelo aparecimento de determinada empresa em determinada região) para poder fornecer orientações práticas de na definição do que está bem ou mal. Milton Friedman, por sua vez, tem uma posição diferente e afirma que o marketing das causa sociais só se justifica quando maximiza os rendimentos dos accionistas ( o que também é errado. Como se costuma dizer, é atingir fins sem olhar aos meios utilizados !). Com um ponto de vista totalmente diferente, os moralistas que têm uma visão prática sobre as questões éticas, recusam-se a aceitar que os gestores estejam qualificados para julgar causas sociais. Por fim, ainda há quem tenha uma posição que defende que este tipo de marketing é altamente politizado, servindo apenas para que determinadas questões políticas tomem proporções ainda maiores."
in student.dei.uc.pt