Ética e corrupção

A corrupção é a suprema perversidade da vida económica e da vida política de uma sociedade. É a subversão dos valores social e culturalmente proclamados e assumidos como legítimos. A corrupção, seja activa ou passiva, é a força contrária, o contrafluxo destruidor da ordem social. É a negação radical da ética, porque destrói na raiz as instituições criadas para realizar direitos. Obviamente, a corrupção é anti-ética.
A corrupção pode, em situações extremas e absurdas, chegar a tornar-se a moral estabelecida, a ponto de gerar nos cidadãos o conformismo com o mal social. A nossa História recente tem, a esse respeito, um dos maiores desafios a enfrentar. 
Ou bem que os cidadãos reagem activamente e os responsáveis legais agem exemplarmente sem concessões à impunidade, ou o País avança rapidamente para processos de desagregação.
Indignar-se, resistir e combater a corrupção é um dos principais desafios éticos.
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