
É por isso que o destino dos gregos não me é indiferente, bem pelo contrário.
Não quero saber se o governo grego está a fazer tudo bem ou não. Não quero saber se Varufakis é arrogante ou não. Nem, verdadeiramente, o meu julgamento sobre os gregos está dependente de eles terem sucesso ou não.
O que eu sei é que houve um governo na União Europeia que resistiu a cortar mais salários e pensões a quem já tinha visto salários e pensões cortadas.
Podem falhar, mas resistiram.
O que eu sei é que houve um governo que quis defender o seu país de ser controlado por estrangeiros e por uma burocracia transnacional de tecnocratas pedantes que detestam a democracia e “esnobam” dos políticos. Os "adultos" que estão na sala.
Podem falhar, mas resistiram.
O que eu sei é que houve um governo que quis ser fiel às suas promessas eleitorais e que não quis ser uma versão grega do Senhor Holande, nem dos socialistas que acham que são membros suplentes do PPE.
Podem falhar, mas resistiram.
Não sei se isto é de esquerda ou de direita, sei que isto é ser um bom grego. E isso é um exemplo que nós queremos seguir, para sermos bons portugueses, que gostam do seu país e do seu povo.
Perante uma realidade iníqua há um valor moral em tentar criar outra realidade que não comece por p..
Se há coisa que a história mostra é que vale a pena.
J.Pacheco Pereira in abrupto.blogspot.com